quinta-feira, 16 de abril de 2009

O espaço Metarec e a comunidade


A unidade CB Terra Vermelha já começa a colher os frutos da dedicação em desmitificar as tecnologias da informação. Com as oficinas oferecidas em 2008 tivemos a oportunidade de compartilhar conhecimentos e práticas que há muito tem sido considerados o famoso “bicho de sete cabeças”.

Jovens que nunca haviam sequer visto um computador desmontado, na plenitude de seus componentes, puderam ter seu primeiro contato com essas peças de maneira prática e de facílimo entendimento atravéz do laboratório de Metareciclagem e hoje não podem mais serem considerados “leigos” no assunto. Um bom exemplo desse trabalho de resultados é o Deidson. Oficinando em uma das turmas de 2008, Deidson chegou sem nenhum conhecimento em montagem e manutenção; hoje é metarecicleiro e até ganha um trocado dando manutenção em computadores de amigos e parentes.

Fizemos uma entrevista com Deydson e ele nos falou abertamente o que pensa sobre a oficina.


Gostaria de dizer que a oficina pode me direcionar por um caminho que nunca imaginei que poderia seguir, tenho muito a caminhar, mas com força de vontade chego lá. Gostaria também que outras pessoas pudessem fazer a oficina e levá-la a sério, como eu fiz. É uma excelente oportunidade de se profissionalizar.”

(Deidson Tenis de Aguiar, 21 anos, morador de Normília da Cunha)


A relação entre comunidade e unidade tem se tornado cada vez mais notável e isso prova que é possível sim mudar uma realidade levando conhecimento e cidadania para dentro da comunidade, pois nela há muita gente talentosa e dedicada, só esperando uma oportunidade!


2 comentários:

Casa Brasil - CMC - Vila Velha/ES disse...

Entrevista com Deidson

Nome :
Deidson Tenis de Aguiar, 21 anos, morador de Normília da Cunha

1- Qual seu conhecimento em informática antes de entrar na oficina?
Só sabia entrar na internet, usava o windows 98 ou XP. Não tinha conhecimento de como funcionava um computador e nunca tinha aberto um para ver como ele é por dentro.

2- O que vc achou da oficina?
Pra mim foi muito bom. Aprendi o funcionamento da máquina, seus componentes, principais defeitos. Aprendi a montar um computador e instalar o sistema operacional Linux. Em casa comecei a mexer no meu computador e de amigos, vinha em outros horários para tirar dúvidas e aprender um pouco mais.

3- Vc tem feito alguma manutenção em pc's?
Sim, fiz algumas formatações em computadores de amigos e de clientes. Já troquei algumas peças, como fontes, memórias e cd room's. Consegui uns trocados, não é muito, mas já deu pra saber que se eu me dedicar posso prestar serviços nessa área. O que me chamou a atenção foi que todas máquinas que formatei os donos quiseram a instalação do windows, pois não conhecem Linux e teem resistência em usá-lo, expliquei do funcionamento do linux mas mesmo assim não quiseram. A instalação do windows aprendi em casa, pegando algumas dicas com o pessoal da oficina.

4- Como vc gostaria que fosse realizada a oficina?
Para quem não sabe nada, ou quase nada, como eu, achei que a oficina está muito boa, poderia ser uma máquina por pessoa, para que pudéssemos montá-la e colocar em funcionamento. Mas para as próximas, poderiam ser mais avançadas, como instalação de outros programas e instalação de periféricos e redes.

5- Deixe seu recado
Gostaria de dizer que a oficina pode me direcionar por um caminho que nunca imaginei que poderia seguir, tenho muito a caminhar, mas com força de vontade chego lá. Gostaria também que outras pessoas pudessem fazer a oficina e levá-la a sério, como eu fiz. É uma excelente oportunidade de se profissionalizar.

Flavio disse...

Muito boa a entrevista e o texto. Mostra como é possível fazer mudanças com projetos como o casa brasil. Parabéns também pela articulação com a prefeitura para manter o projeto. É isso aí: temos que pressionar para que os governos invistam nas pessoas e não só nos bancos.
Só um detalhe: na foto da equipe o Fernando está lá atrás! Aparece aí Fernandão!
Abraços, Flávio